segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

SISTEMA DIGESTÓRIO - ESTRUTURA DO DENTE

O dente é constituído de raiz, colo e coroa. A raiz corresponde a parte do alvéolo, o colo a parte média, e a coroa a parte exposta. O dente é constituído de três tecidos mineralizados a dentina, o esmalte e o cemento e um não mineralizado a polpa dentária. O cemento  é responsável por manter a afixação do dente juntamente com o ligamento periodontal e o  osso alveolar.
Figura 1. Estrutura do dente.

Esmalte é um tecido acelular não regenerável mais duro do corpo. Fica na parte mais externa do dente entre a coroa e a dentina.

O cemento não é um tecido tão duro quanto o esmalte, recobre a raiz e tem como função a fixação do dente com existência de movimentos restritos.
Figura 2. Odontoblastos e dentina.
A dentina corresponde a maior parte do dente com um tipo de colágeno calcificado, mais duro que osso. A produção de dentina ocorre na polpa dentária pelos odontoblastos. Quando há o desgaste do dente até chegar na dentina, há o aumento da produção de mais dentina afim de que esse desgaste não chegue até a polpa dentária.

A polpa dentária está situada dentro da cavidade pulpar. É um tipo de tecido conjuntivo frouxo mais vasos sanguíneos mais nervos. Está situada abaixo da dentina até o canal da raiz. Margeada de odontoblastos.

Em equinos existem duas estruturas adicionais correspondentes ao infundíbulo e a estrela dentária. O infundíbulo ou corneto é uma invaginação do esmalte revestida por cemento. A estrela dentária ou também chamada de dentina secundária corresponde a uma mancha amarela mais escura que é produzida com o aumento do desgaste do dente. 
Figura 3. Dentes de cavalo.

Os dentes quanto à superfície podem ser classificados em labial, língual e oclusal.  Labial é referente a parte do dente que fica no vestíbulo da boca, lingual que fica com a face para a parte oral e o oclusal é face da superfície mastigatória do dente.

Figura 4. Seta rosa indica a superfície labial, a seta vermelha a superfície lingual e a seta amarela a superfície oclusal.


Além dessa classificação existe outra fazendo referência a anatomia do dente:  a braquiodonte e a hipsodonte. O dente braquiodonte é coberto todo pelo esmalte e o cemento cobre apenas a raiz, nos hipsodontes o esmalte e o cemento cobrem todo o dente. O braquidonte possuem colo e coroa curta e os hipsodontes apresentam coroa alta , dente reto e com ausência de coroa.

Figura 5. Dente braquiodonte a esquerda e hipsodonte a direita.


REFERÊNCIAS

Estimativa da idade dos equinos através dos exames dentários. Revista portuguesa de ciências veterinárias. Acesso em : http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf9_2003/547_103_110.pdf. Data de acesso 23 de jan de 2016.

2 comentários:

  1. QUAIS AS CARACTERISTICAS DOS DENTES DOS EQUINOS QUE PODEMOS UTILIZAR PARA IDENTIFICAR A IDADE APROXIMADA DESTES ANIMAIS ? SOMENTE O INFUNDÍBULO E A ESTRELA ? E QUANDO ESTAS ESTRUTURAS APARECEM OU DESAPARECEM ?
    AGUARDO.

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    1. Não, não são somente o infundíbulo e a estrela. O infundíbulo aparece com 5 anos e desaparece aos 12, e a estrela aparece com 8 anos e desaparece aos 12. Machos adultos apresentam 40 dentes, enquanto fêmeas adultas apresentam apenas 36, devido à ausência, na maioria dos casos, dos caninos, e os potros, que independente do sexo, apresentam 24 dentes em uma arcada completa. Podemos observar os caninos, que se tornam curvos aos 8 anos, a forma dos dentes, que passam de arredondados aos 5 anos pra uma forma triangular aos 24, a asa de andorinha (uma "ponta" ocasionada pelo desgaste nos incisivos), que aparece em média aos 7 anos, o sulco de Galvani, um sulco que aparece no incisivo do canto, e se torna completo aos 20 anos (em todo o dente) e também a observação do arco dos dentes, que é mais arredondado quando o cavalo é jovem e torna-se mais "pontudo" ao passar dos anos.

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