segunda-feira, 11 de abril de 2016

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Consiste no conjunto de estruturas envolvidas no transporte de ar até os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar inspirado e a corrente sanguínea. Tem como principais funções a respiração, olfação, fonação, regulação da temperatura corporal e excreção de eletrólitos.
O sistema respiratório é dividido em três partes:
- Parte condutora - responsáveis pelas trocas gasosas ou respiração propriamente dita, composta por:
· Nariz (Narinas)
· Cavidade Nasal
· Faringe
· Laringe
· Traquéia
· Brônquios
· Bronquíolos Terminais
- Parte respiratória - todos os constituintes do pulmão:
· Bronquíolos Respiratórios
· Ductos Alveolares
· Sacos Alveolares
· Alvéolos Pulmonares
- Parte bombeadora
· Sacos Pleurais (Câmaras Vácuo)
· Caixa Torácica (Ossos, Músculos e Articulações)
· Diafragma
As vias aéreas são classificadas em superiores (nariz, cavidade nasal e faringe), e inferiores (laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e pulmões).
Nariz - o nariz externo é composto pelas narinas, vestíbulo e focinho. As narinas, representadas pelas aberturas por onde o ar entra e sai, são a porção mais externa do aparelho respiratório. Nos equinos elas apresentam o divertículo lateral, e é fendida nos pequenos ruminantes. Em todas as espécies tem o formato de vírgula, exceto nos suínos que tem o formato arredondado devido ao osso rostral presente nesta espécie.



A porção contínua à narina internamente é chamada de vestíbulo, sendo representado pela porção pilosa. Já o focinho é a porção cartilaginosa do nariz, encontrado ao redor nas narinas, que delimita os planos: rostral (suínos), nasolabial (bovinos), e nasal (carnívoros e pequenos ruminantes e equinos).


Cavidade nasal - É a região que se estende do vestíbulo até a nasofaringe. Tem como principais funções aquecer, umidificar e purificar o ar e reconhecer odores. O ar é distribuído nas conchas nasais que têm função de aquecer, filtrar, umidificar e reconhecer as partículas que se encontram no ar. Parte dele é distribuído entre a concha etimoidal, responsável pela captação de odores, os seios paranasais, responsáveis pela proteção mecânica do crânio e aquecimento do ar e pulmões, onde sofre as trocas gasosas. Isso só é possível devido aos canais que existem comunicando estes órgãos e o meio exterior, delimitados pelas conchas e o septo nasal, denominados meatos. Os meatos são quatro:

Meato Nasal Dorsal: Capta odores e transporta o ar até as conchas etimoidais.
Meato Nasal Médio: Leva o ar para ser aquecido nos seios paranasais.
Meato Nasal Ventral: Por ele passa a maior parte do ar inspirado, por isso, direciona o ar para os pulmões.
Meato Nasal Comum: (entre o septo nasal e todas as conchas), fazendo uma comunicação do ar direcionados para os outros três meatos.
Em todas as espécies o septo nasal termina no palato duro, porém, em equinos, ele se estende até a base do crânio. Por este motivo equinos possuem duas Coanas, abertura na nasofaringe que faz a comunicação da cavidade nasal com a faringe, enquanto que os demais animais possuem apenas uma.


Seios paranasais - São expansões da cavidade nasal para o interior dos ossos do crânio. Servem como proteção contra impactos, funcionam como caixa de ressonância, dão leveza ao crânio e proteção térmica e aquecem o ar que por eles passam. Também aumentam a área disponível para inserção de músculos.



Faringe – Tem função de direcionar a passagem de ar e alimento, e se divide em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Nasofaringe – é a região que faz parte das vias aéreas. Comunica-se com a cavidade nasal por uma abertura denominada coana. Equinos possuem duas coanas e demais espécies apenas uma. Na nasofaringe há uma abertura que a comunica com a tuba auditiva denominada óstio faríngico.  Nos equinos uma dilatação da tuba auditiva forma a bolsa gutural que produz muco que é drenado para a nasofaringe. A função da bolsa é resfriar o sangue que irrigará o cérebro.
Orofaringe – parte mais estreita da cavidade oral.
Laringofaringe – parte mais ampla da faringe, que se une ao esôfago.
Laringe - ventral a faringe e caudal a boca, suspensa pelo osso hióide entre os ramos da mandíbula, fica a Laringe, composta por quatro tipos de cartilagens:
Epiglote: formada de cartilagem elástica e com função de fechar a entrada da Traqueia durante a deglutição, evitando assim a  entrada de alimento nas vias respiratórias.
Nos carnívoros e cavalo é pontiaguda e nos ruminantes e suínos é arredondada.
Duas Aritenoides: dorsais à tireoide, formadas de cartilagem hialina, de onde partem as pregas vocais à tireoide.
Tireoide: em forma de escudo, composta de cartilagem hialina. Nos equinos possui uma membrana que recobre a incisura tireóidea.
Cricoide: em forma de anel, formada de cartilagem hialina, é a última cartilagem da Laringe.






Traquéia - tem início na porção caudal da cartilagem cricoide  e seu primeiro anel é  fechado. É dotada de cílios e com batimentos direcionados para a laringe  e possui epitélio capaz de produzir muco que umidifica e auxilia na remoção das partículas de sujeira e ao chegar na Laringe é deglutido, evitando que microrganismos ou sujeira se acumule nas vias aéreas e cheguem aos pulmões. Percorre toda a extensão do pescoço, entra na cavidade torácica e se divide em dois brônquios principais, um para cada pulmão. A traqueia mantem-se aberta constantemente, devido a ser composta por anéis de cartilagem, que impedem seu colabamento, uma vez que o ar não tem força suficiente para abrir passagem. O anel cartilaginoso da traqueia apresenta-se de diferentes formas de acordo com cada espécie, sendo achatado dorso-ventralmente em carnívoros e equinos, redondo nos suínos e achatado latero-lateralmente nos ruminantes. O que diferencia o anel em carnívoros e equinos é que nos primeiros o músculo traqueal é dorsal ao anel, e nos equinos é ventral, bem como nas outras espécies.










Pulmões - Órgãos pares contidos na cavidade torácica, onde ocorrem as trocas gasosas (hematose). Estão invaginados dentro dos sacos pleurais que os revestem e são livres, exceto na região do mediastino, onde são fixos e onde localiza-se o seu Hilo Pulmonar, uma região virtual, com a raiz ou pedículo pulmonar (agrupamento dos brônquios principais, artéria, veias, nervos pulmonares e vasos linfáticos).
Possuem aspecto esponjoso, coloração rósea e são lisos, quando não há presença de patologias.
Anatomicamente os pulmões se dividem em: ápice, base, face costal, face medial e possuem as bordas dorsal, ventral e basal:


1 - Lobo cranial esquerdo com suas porções cranial e caudal
2 - Lobo caudal esquerdo
3 - Lobo cranial direito
4 - Lobo médio direito
5 - Lobo caudal direito
6 - Lobo acessório
Particularidades entre os pulmões dos animais domésticos
Carnívoros: Possuem pulmão visivelmente lobado e costuma-se dizer que possuem uma semelhança com o fígado depois de formolizados. Pulmão esquerdo: lobo cranial com porção cranial e porção caudal e lobo caudal. Pulmão direito: lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório.

Suínos: Pulmão esquerdo: lobo cranial com porção cranial e porção caudal e lobo caudal. Pulmão direito: lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório.




Ruminantes: Pulmão esquerdo: lobo cranial com porção cranial e porção caudal e lobo caudal. Pulmão direito: lobo cranial com porção cranial e porção caudal, (essa é a diferença entre o pulmão direito de suínos e ruminantes) lobo médio, lobo caudal e lobo acessório.


Equinos: Seu pulmão é visivelmente mais compacto e possui o menor número de lobações entre  as demais espécies domésticas. Pulmão esquerdo: lobo cranial  e lobo caudal. Pulmão direito: lobo cranial, lobo caudal e lobo acessório.


Pleura e Mediastino

A cavidade torácica se estende das primeiras costelas até o diafragma e é, juntamente com os órgãos contidos nela, revestida por uma membrana serosa, a pleura. O revestimento feito pela pleura é tal que se formam dois sacos pleurais, os quais, no animal saudável, estão preenchidos por alguns milímetros de líquido seroso, que permite um deslizamento entre os pulmões e a parede torácica. Os sacos pleurais formam a cavidade pleural.
De acordo com a região que a pleura toca, ela recebe diferentes denominações:
Pleura visceral ou pulmonar: reveste os pulmões;
Pleura costal ou parietal: reveste as paredes laterais da cavidade torácica;
Pleura diafragmática: toca o diafragma;
Pleura mediastinal: forma o mediastino.
Esse mediastino é o espaço mais ou menos no eixo sagital mediano, delimitado pelos sacos pleurais, e também recebe diferentes nomenclaturas conforme a região: mediastino cranial, médio e caudal.




Brônquios – são estruturas tubulares formada por uma série de anéis cartilaginosos, que se origina na bifurcação da traquéia e se extende ao longo da traquéia até o hilo pulmonar.



Estruturas importantes na respiração:
·         Diafragma
·         Músculos torácicos e abdominais (principalmente os músculos intercostais)
·         Articulações do esqueleto torácico
O diafragma realiza a contração no momento da inspiração, aumentando a quantidade de ar nos pulmões, e também o relaxamento no momento da expiração, aumentando pressão e expulsando o ar dos pulmões.



REFERÊNCIAS
Slides da professora Adriana Reis
König, H.R, Liebich, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 2º vol. Editora Artmed, Porto Alegre, 2004  

SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático é uma complexa rede composta por órgãos linfoides, linfonodos, ductos, tecidos, capilares e vasos linfáticos, que produzem e transportam a linfa dos tecidos para o sistema circulatório. Tem como função a remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais, e a produção de células imunes (glóbulos brancos).




- Vasos linfáticos: Iniciam-se em forma de forma de sacos cegos, dispostos em TCF. Esses vasos não possuem membrana basal, o que permite a entrada de moléculas maiores (maior permeabilidade). Esses capilares então se anastomosam formando os vasos linfáticos, que apresentam válvulas devido a ausência de pressão nessas estruturas. 
- Tecido Linfático Disseminado: sem cápsula, estando disperso em submucosas dos tecidos viscerais. Encontram-se sempre associados a uma mucosa úmida, apresentando apenas vasos aferentes.   Ex.: placas de Peyer 
- Tecido Linfático Encapsulado ou Linfonodo: o tecido encontra-se agrupado e encapsulado (cápsula de TC).    Apresenta vasos:
- Aferentes: dirigem-se para a periferia dos linfonodos, fluido linfático quase livre de células.      
- Eferentes: afastam-se do hilo, linfa rica em células. 
- Tamanho: varia de uma cabeça de alfinete até 10cm. Essa variação também relaciona a quantidade de linfonodos encontrados em cada espécie de animal doméstico, onde carnívoros e ruminantes o número é menor de linfonodos, porém de tamanho maior que outras espécies.
- Forma: arredondada à ovalada, sendo ligeiramente aplanada. 
- Coloração: cinza amarelado, cinza amarronzado  
- Aspecto: superfícies lisas e muito móvel pela fixação ser através de TCF e geralmente infiltrado por tecido adiposo.  
- Hilo: entrada e saída de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
Grandes troncos coletores de linfa: 
 - Ducto Torácico: Principal tronco coletor do sistema linfático. Também chamado de Ducto do Quilo. Continua-se da região lombar, da cisterna do quilo, que percorre a região dorsal da cavidade abdominal junto à artéria aorta, passando pelo óstio aórtico, um pouco mais a direita e dorsalmente a esta para atingir a cavidade torácica. Nesta cavidade ele segue entre a artéria aorta e a veia ázigos, coberto pela pleura, até se abrir na veia cava cranial ou na veia jugular externa esquerda.
- Cisterna do Quilo: É uma dilatação que se forma através da anastomose dos troncos intestinais e lombar, de forma aproximadamente arredondada, de paredes finas que se estende dorsolateralmente a direita da aorta abdominal, desde a última VT até a 2ª ou 3ª VL. Aqui a linfa (quilo) é captada para ser drenada constantemente para o ducto torácico e cair nos grandes vasos. 
 - Ducto Linfático Direito: É inconstante, e quando presente é pequeno. Drena a linfa do lado direito da cabeça, membro torácico, pescoço, cavidade torácica e se abre na veia cava cranial. É formado pela união do tronco traqueal direito com tronco linfático do membro torácico. 
 - Troncos Traqueais: Percorrem a traquéia cervical, junto à artéria carótida comum, assim, este é par, correndo cada um a cada lado da traquéia do animal. Esses troncos podem se abrir na veia cava cranial, ou na veia jugular externa esquerda ou mesmo nos linfonodos cervicais profundos caudais. 
Centros linfáticos ou linfocentros:  
  - Linfonodo ou um grupo de linfonodos que existem constantemente numa região específica do corpo, recebendo a linfa, filtrando e promovendo a defesa da região. Com a normalidade destes linfonodos, mostra a sanidade local.

Linfocentros:
 - Linfocentro da cabeça
 - Linfocentro cervical
 - Linfocentro torácico (viscerais e parietais)
 - Linfocentro abdominal (viscerais e parietais)
 - Linfocentro do membro torácico
 - Linfocentro do membro pélvico

Linfocentro da cabeça: constituído pelos linfonodos mandibulares, parotídeos, retrofaríngeos laterais e mediais. Há outros relacionados diretamente com a porção cefálica profunda, como os hióideos.
- Linfonodos mandibulares (espaço intermandibular, próximos as glândulas sublinguais e mandibular)


- Linfonodos parotídeos (masseter, coberto pela glândula parótida)
- Linfonodos retrofaríngeos (teto da faringe e fossa do atlas)

Linfocentro cervical
- Linfonodos cervicais superficiais (cranialmente a articulação da escápula)


- Linfonodos cervicais profundos (ao longo da traquéia)

Linfocentros do Membro Torácico dorsal e ventral: representados pelos linfonodos axilares (junto aos vasos subescapulares, feixe vasculonervoso que vai ao membro torácico). A linfa é drenada para os linfonodos do Linfocentro Axilar.
- Linfonodos axilares propriamente ditos (região axilar)


Linfocentros das Paredes e Vísceras Torácicas:
- Parietais: - Lc. torácico dorsal e ventral
- Viscerais: - Lc. mediastinal
                    - Lc. bronquial 

Lifocentro torácico dorsal: compõe-se de lnn. intecostais e aorticotorácicos. Nos ruminantes encontram-se os Lnn hemais (não tem relação com a linfa). Os lnn intercostais encontram-se nos espaços intercostais, na extremidade dorsal de cada costela.
- Linfonodos intercostais (entre as costelas)
- Linfonodos aórtico-torácicos (acima da aorta torácica)

Lifocentro torácico ventral
- Linfonodos esternais craniais (próximo ao manúbrio externo)
- Linfonodos esternais caudais (músculo transverso do tórax)

Lifocentro Mediastínico: composto pelos Lnn. mediastinais (craniais, médios e caudais), localizados no mediastino. 
- Linfonodos mediastínicos craniais (mediastino Cranial)
- Linfonodos mediastínicos caudais (dorsal ao esôfago)

Lifocentro bronquial: composto de Lnn. traqueobrônquios (esquerdo, direito e médio). Todos relacionados com a porção terminal da traquéia (bifurcação).
- Linfonodos traqueobronquiais (ao redor da bifurcação traqueal)
- Linfonodos pulmonares (ao longo dos brônquios principais)

Linfocentros das Paredes Abdominal e Pélvica

Linfocentro lombar: abrange alguns Lnn. lombares aórticos, os quais situam-se lateralmente à aorta. 
- Linfonodos aórticos lombares (laterais a aorta)
- Linfonodos renais (próximo aos rins)
- Linfonodos ovarianos (próximo aos ovários)

                Linfocentro Iliossacral: reúne linfonodos (ilíacos mediais, laterais, sacrais, hipogástricos e anorretais)
- Linfonodos ilíacos mediais (próximo as ramificações finais da aorta)
- Linfonodos ilíacos laterais (articulação ilíaca)
- Linfonodos hipogástricos (próximo as articulações ilíacas internas)
- Linfonodos sacrais (ventrais ao sacro)
- Linfonodos uterinos (próximo ao colo uterino)

                Linfocentro Inguinal Superficial: composto pelos lnn. inguinais superficiais, os lnn. da prega inguinal e o ln. Subilíaco (ausente no cão)
                       - Linfonodos inguinais superficiais (dorsalmente à glândula mamária ou escrotal)
- Linfonodos sub-ilíacos (próximo a artéria ilíaca)


                Linfocentros do Membro Pélvico
                Linfocentro Inguinal Profundo: apresenta linfonodos que se situam ao longo da a. ilíaca externa, ou no seguimento proximal da a. femoral (gato e cavalo)
                       - Linfonodos inguinais profundos (ao longo do trajeto da artéria ilíaca externa ou femoral)
                Linfocentro Poplíteo: compreende os Lnn. poplíteos (superficiais e profundos nos suínos). 
- Linfonodos poplíteos superficiais e profundos (fossa poplítea)


                Linfocentros das Vísceras Abdominais

                Linfocentro Celíaco: compõe-se de linfonodos responsáveis pela área de vascularização da a. celíaca. São os Lnn. celíacos, gástricos, esplênicos, pancreáticosduodenais e hepáticos ou portais.
                        - Linfonodos celíacos (próximo a artéria celíaca)
- Linfonodos hepáticos ou portais (próximo ao fígado)
- Linfonodos esplênicos (próximo ao baço)
- Linfonodos pancreático-duodenais (próximo ao pâncreas e duodeno)
- Linfonodos gástricos (próximo ao estômago) – Nos ruminantes se dividem em linfonodos ruminais, atriais, reticulares, omasais e abomasais, de acordo com o local onde se encontram

                Linfonodos Mesentéricos Craniais: estão situados na origem de distribuição da a. mesentérica cranial.
- Linfonodos mesentéricos craniais (próximo à região cranial do mesentério)
Linfonodos Mesentéricos Caudais: associados à a. mesentérica caudal
- Linfonodos mesentéricos caudais (próximo à região caudal do mesentério)

Órgãos Linfóides
 - Baço: Situa-se no interior da cavidade abdominal, a esquerda da cavidade, sobre a curvatura maior do estômago. Nos ruminantes o baço nunca consegue atingir o assoalho da cavidade abdominal.
Forma: variada nas diferentes espécies animais
 -Eqüino: forma triangular
 -Bovino: forma de uma cinta retangular
 -Pequenos ruminantes: forma de uma folha
 -Carnívoros: irregular (bota)
 -Suínos: forma de uma cinta alongada
Morfologia: -Bordas: cranial e caudal
         -Extremidades: dorsal e ventral
         -Faces: parietal e visceral
Hilo: em toda a extensão longitudinal do órgão (eqüino, suíno e carnívoros). Nas demais espécies fica apenas na extremidade dorsal da face parietal.
Fixação: Ligamento suspensório do baço e ligamento gastroesplênico, órgãos adjacentes e vasos sanguíneos. 
Estrutura: cápsula fibrosa, onde os carnívoros e ruminantes ainda apresentam musculatura lisa. Esta cápsula emite trabéculas para o interior do órgão, onde encontramos a polpa branca e a polpa vermelha.
Vascularização: é feita pela artéria esplênica (ramo da celíaca)

- Timo: Situa-se desde a região ventral do pescoço até a porção torácica, ventralmente, no mediastino cranial.
- Morfologia: possui dois lobos e cada lobo em ambas as regiões: cervical e torácica.
Localiza-se na parte inferior do pescoço, ao longo da traquéia, em direção caudal, e prolonga-se por trás do esterno até o pericárdio.

    





REFERÊNCIAS
GETTY,R. Anatomia dos Animais Domésticos, SISSON & GROSSMANN lº e 2º vol. Interamericana, RJ 5ª, l98l. 
König, H.R, Liebich, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 2º vol. Editora Artmed, Porto Alegre, 2004  
            www.veterinariandocs.com.br 


SISTEMA CIRCULATÓRIO - CIRCULAÇÃO VENOSA

Veias sistêmicas
  - Seio venoso: drenam o coração. Se dividem em:
   Veia cardíaca média: Percorre Sulco Interventricular Subsinuoso


 Veia magna: Percorre Sulco Interventricular Paraconal


- Veia cava cranial: drenam sangue das regiões da cabeça, pescoço, dos membros e do tórax. Desemboca no átrio direito e se localiza ventralmente à traquéia, em contato com o nervo frênico, transita no mediastino cranial à direita do tronco braquiocefálico. Se divide em:
     Veias Jugulares interna (drenam grande parte do encéfalo) e externa (drenam face e grande parte da cabeça);
     Veias Subclávias (drenam pescoço, membro torácico e região torácica cranial e grande parte do encéfalo)
     Desembocam na Veia Cava Cranial:
          - V. ázigos (onde desemboca a V.broncoesofágica)
          - V. torácica interna (recebe: V.intercostais ventrais e V.epigástrica cranial)
          - V. costocervical

          - V. vertebral
Pescoço e Cabeça 

- Veia Jugular Externa: se relaciona medialmente com o M. esternocefálico e lateralmente com o M. braquiocefálico. Forma o sulco jugular (peito) e recebe a veia jugular interna, veia cefálica e veia omobraquial.
- Veia Jugular Interna: ausente nos cavalos e cabras. Em contato com a A. carótida comum e traquéia. Coberta pelo m. esternocefálico. Desemboca na V. jugular externa (a união entre as duas veias é chamada Ângulo venoso, e no ângulo venoso esquerdo, desemboca o ducto torácico *ducto linfático)
- Veia Maxilar: corre na borda caudal da mandíbula, em contato com a glândula salivar mandibular. Desemboca juntamente com a veia linguofacial, e forma a jugular externa. Drena encéfalo e carótidas.
- Veia Linguofacial: ventralmente ao ângulo da mandíbula, parcialmente encoberta pelo m. parótido auricular.  Desemboca juntamente com a veia maxilar forma a jugular externa.
- Veia Facial: surge caudalmente ao forame infraorbitário, ventralmente ao arco zigomático e ao músculo masseter, e desemboca na veia linguofacial (carnívoros e eqüino), juntamente com a veia lingual. Em animais que não possuem veia linguofacial, a veia facial desemboca na jugular externa.
Arco Hioideo: é a união das duas veias linguais (esquerda e direita) na região ventral da cabeça.  


 Membro Torácico

Drenagem superficial: V. cefálica, v. cefálica acessória, v. omobraquial, v. cubital transversa
Drenagem profunda: Vv.digitais (veias palmares, veias metatársicas palmares, veia palmar lateral) V. mediana, V. interóssea comum, V.braquial, V.subescapular e V. axilar
- Veia Cefálica: corre cranialmente no antebraço e braço, juntamente com o nervo radial (antebraço), recebe a veia cefálica acessória e as veias digitais palmares (porção palmar). Desemboca na veia Jugular externa.
- Veia Axilobraquial: na face lateral do braço, caudalmente ao músculo deltóide. Faz a ligação entre a veia cefálica e a veia braquial (entre a drenagem superficial e a drenagem profunda) e desemboca: na veia braquial (região medial do braço). Recebe a veia omobraquial.
- Veia Omobraquial: corre sobre o músculo deltóide, na face lateral do braço, tem origem na veia axilobraquial e faz uma ponde entre veia axilobraquial e a veia jugular externa.
- Veia Braquial: anastomose da veia mediana com a veia itnteróssea comum, corre na face medial do braço, juntamente com a A.braquial e o nervo ulnar, recebe a veia ulnar colateral e a veia axilobraquial.
- Veia Axilar: corre na face medial do braço (articulação escapulo-torácica). É a confluência das V. braquial e V. subescapular e desemboca na veia subclávia e posteriormente na veia cava cranial


- Veia Cubital Mediana: corre no percurso medial para cranial do braço (articulação úmero-rádio-ulnar) e desemboca na veia Cefálica.
- Veia Interóssea Comum: desemboca na V. braquial juntamente com a mediana
- Veia Mediana: na região mais profunda do antebraço, localizada mais medialmente. Desemboca na veia braquial, e juntamente com a Veia interóssea comum forma a braquial
 - Arco venoso palmar superficial: na região palmar da mão.  


PERCURSO: 
Drenagem Profunda: veias digitais ao chegarem nos tarsos, formam a veia mediana, que recebendo a veia interóssea comum se chamará veia braquial, que corre dorsalmente na região medial do braço, assim, recebendo a veia subescapular que formará a veia axilar que ao entrar na cavidade torácica se chamará veia subclávia.
Drenagem Superficial: A veia cefálica (anastomose das v. digitais palmares) recebe a veia cefálica acessória (anastomose das v. digitais comuns) na região do antebraço, mais dorsalmente, recebe a cubital transversa, a veia cefálica continua seu percurso dorsal na face cranial do membro, ao chegar ao nível do m.tríceps braquial, se bifurca, uma parte correndo medialmente encontrando a veia jugular externa posteriormente, e outra parte continua um curto percurso dorsal até a porção distal do m. deltóide, onde se transforma a veia áxilobraquial que fará uma ponte entre a veia cefálica e a veia braquial. E da veia axilobraquial é emitida a veia omobraquial, que faz uma ponte entre a veia axilobraquial e a veia jugular externa.

Tórax

- Veia Torácica Interna: corre junto à A.torácica interna, sentido dorso cranial. Desemboca na veia Cava Cranial e recebe: as veias intercostais ventrais e veia epigástrica cranial.
- Veia Ázigos: corre juntamente com a A. aorta torácica e abdominal, percurso ventrocranial, ou a direita ou a esquerda, e recebe as veias intercostais dorsais e a veia broncoesofágica.
  - Carnívoros e eqüinos: somente ázigo direita
  - Suínos e ruminantes: normalmente, somente ázigo esquerda
 Desemboca no átrio direito ou na veia cava cranial



 - Veia Cava Caudal: sentido cranioventral, desemboca no átrio direito, contato direto com o nervo frênico, tem origem no nível das últimas VL, pela união das Vv. Ilíacas comuns (formada pela união das Vv. Ilíacas internas e externas).   Percurso: corre ventralmente ao músculo pssoas, ao nível da última vértebra (contato com o fígado), atravessa a cavidade abdominal para a cavidade torácica pelo forame da veia cava caudal, e chega ao átrio direito. A V.Sacral mediana desemboca na V. Ilíaca comum.  Recebe: veias renais: pares; veia ovárica; veias lombares (1º par forma a veia ázigos, ramos médios se abrem na veia cava caudal e último par é tributário da veia ilíaca comum); veias frênicas (diafragma).

- Veias hepática: fazem a drenagem da artéria hepática e da circulação portal (3 a 4).
- Veias testiculares: podem ser tributários da veia renal ou cava caudal (equinos e carnívoros). Podem ser tributários na veia cava caudal e na ilíaca comum (suínos e ruminantes)
- Veia uterina (exceto cão)
- Veia circunflexa profunda do ílio (no cão e outras espécies desemboca nas veias ilíacas comuns). A veia cava caudal passa da cavidade abdominal para a cavidade torácica pelo forame da veia cava caudal no diafragma.
- Veia Vertebral: faz o caminho inverso da a. vertebral, passa pelos forames transversos, num percurso caudoventral, chegando na cavidade torácica, e desemboca na veia cava cranial.

Abdômem 

- Veia Porta: ventralmente a veia cava caudal, formada pela confluência dos vasos que drenam a maior parte dos intestinos, do estômago, do baço e do pâncreas. Recebe:
    Vv. Mesentéricas (caudal e cranial)
    V. Esplênica
    Vv. Cólicas
 Se distribui internamente no fígado por capilares arteriais, depois formando capilares venosos para formar a veia hepática onde desemboca na veia cava caudal.
- Ducto Venoso: conexão entre a veia umbilical e a veia cava caudal.
- Veia Ilíaca Externa: contato direto com a A.ilíaca externa, percurso dorsocranial. Desemboca na veia ilíaca comum e recebe veia femoral profunda (recebe a veia pudenda externa e a veia epigástrica caudal) e veia femoral. 
- Veia Circunflexa Iliaca Profunda: Desemboca na veia Ilíaca comum e no cão na veia cava caudal.
- Veia Glútea Caudal: drena sangue das paredes da cavidade pélvica, desemboca na veia Ilíaca interna
- Veia Testicular: acompanha o funículo espermático, atravessando o canal inguinal, chegando à região abdominal e com percurso cranial e desemboca normalmente na veia cava caudal, mas pode desembocar na veia renal.
 - Veia Ovárica: corre em sentido cranial e desemboca: na veia cava caudal
 - Veias Renais: desemboca na veia cava caudal
 - Veia Ilíaca Comum: origina-se ao nível da art. Sacroilíaca, corre cranialmente, até desembocar na veia cava caudal e recebe veias lombares (alguns pares), veia circunflexa profunda (cão desemboca na veia cava caudal) e veia sacral mediana, veia ilíaca (int. e ext.).
 - Veia Ilíaca Interna: drena o sangue das vísceras e parede pélvica, corre cranialmente da cavidade pélvica para a cavidade abdominal e recebe a veia glútea caudal, veia glútea cranial e a veia pudenda interna, desembocando na veia ilíaca comum.
 - Veia Pudenda Interna: faz a drenagem do sangue da região posterior do reto e ânus, e dos órgãos genitais femininos e masculinos, e desemboca na veia ilíaca interna.
 - Veia Pudenda Externa: drena o sangue dos aparelhos reprodutores feminino e masculino que estão externamente. Percurso: caudodorsal na região abdominal e desemboca na veia pudendoepigástrica (e posteriormente veia femoral profunda).
- Veia Perineal Ventral: pode ser dupla, drena o sangue da parte caudal da glândula mamária, corre dorsocaudalmente, contornando o arco isquiático e desemboca na veia pudenda interna ou ilíaca comum.
- Veia Epigástrica Cranial Superficial: veia do leite ou veia mamária cranial. Percurso: cranial, bem superficialmente, atravessa a cavidade abdominal, chega a cavidade torácica e desemboca na veia torácica interna.



Membro Pélvico

 - Veia Safena Medial: é dividida em 2 ramos (caudal e cranial) acompanha a A. safena e desemboca na veia femoral.
- Veia Safena Lateral: é dividida em 2 ramos (caudal e cranial). Ao nível do M. semitendinoso, contato com o Ln. Poplíteo, corre em sentido oblíquo e desemboca na veia femoral.
- As Vv. Safenas (lateral e medial) originam-se das Vv. Metatársicas profundas.
- Veia Femoral: região medial da coxa, localizada caudalmente à A. femoral e ao nervo safeno. Desemboca na veia ilíaca externa e recebe v. femoral caudal média e proximal (contato direto com a A.femoral caudal proximal), Vv.safenas e Vv. Poplíteas
- Veia Femoral Profunda: corre na região medial da coxa e desemboca na veia ilíaca ext. junto com a v. femoral. Recebe a veia pudendoepigástrica que recebe a veia pudenda externa e a veia epigástrica caudal (corre ventralmente ao músculo reto abdominal).
- Veia Poplítea: percorre a art. Femoro-tibio-patelar, caudalmente, e desemboca na veia femoral, juntamente com as veias safenas. É formada pela união das veia tibiais (caudal e cranial)
- Veia Tibial: cranial e caudal, veia satélite da a. tibial, corre na região da tíbia, anastomosando-se no espaço interósseo, e desemboca formando a veia poplítea. Recebe veias társicas.



- PERCURSO:
Drenagem Superficial: as veias digitais formam o arco venoso e no metatarso chama-se de Veia metatársica dorsal,e posteriormente no tarso se chama safena que desembocará na veia femoral.

Drenagem Profunda: veia metatársica profunda proveniente do arco venoso passa para a região plantar do ‘pé’ e é chamada de Veia társica perfurante, que na tíbia se chamará Veia tibial (cranial e caudal) que se anastomosam no espaço interósseo, e na região da articulação do ‘joelho’ se chamará Veia poplítea, e no terço distal da coxa passa a se chamar Veia femoral.

Venopunção
Pequenos animais
 - Veia Cefálica
- Veia Femoral
- Veia Safena
- Veia Jugular Externa
Grandes Animais
- Veia jugular
- Veia Coccígea




REFERÊNCIAS:
Slides da Professora Adriana Reis
https://bloganatomiaveterinaria.files.wordpress.com/2014/02/sistema-cardiovascular-vasos-sanguc3adneos1.pdf
https://drive.google.com/folderview?id=0B2LqqZCoh7o9RnlJQmVuMjEyVjQ&usp=sharing
www.veterinariandocs.com.br 
GETTY,R. Anatomia dos Animais Domésticos, SISSON & GROSSMANN lº e 2º vol. Interamericana, RJ 5ª, l98l.  
König, H.R, Liebich, H.G. Anatomia dos Animais Domésticos. 2º vol. Editora Artmed, Porto Alegre, 2004